sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

40 Rudimentos

Os Rudimentos são uma parte fundamental no estudo da bateria, pois proporciona possibilidades infinitas de combinações, seja em ritmos, exercícios técnicos, de coordenação de independência, além do enriquecimento na linguagem musical, em viradas, frases e solos. Rudimentos (Manulação)!
Esses exercícios devem a priori, serem aplicados na caixa, podendo e devendo ser aplicado em toda bateria, em todos os andamentos e em todos os ritmos.


Matéria feita por Bruno Fonseca - 31/08/2010

Glossário Musical e Bateristico.

Em todas as profissões e áreas da vida, encontramos termos técnicos, totalmente específicos. Hoje aprenderemos alguns, na área da Música e da Bateria, em inglês, português e gírias.

· Andamento – é o movimento rápido ou lento dos sons, respeitando a precisão dos tempos do compasso;
· Ataque - toque, momento de contato entre a baqueta e o instrumento;
· Approach - forma como você interpreta determinada levada ou música;
· Back beat - o 2 e 4 do compasso, que fica atrás do 1 e 3, daí back beat = atrás do tempo;
· Bateras - gíria para bateristas e/ou baterias.
· Baqueteamento - o mesmo que manulação, mão correta para se executar toques com a baqueta;
· Beat - o mesmo que tempo,batida,pulsação;
· Bell – sino ou cúpula do prato;
· Cabeça - o começo, topo. A cabeça do compasso: o primeiro tempo. A cabeça da musica: o inicio;
· Click – metrônomo;
· Compasso – tempos agrupados em porções iguais;
· Compasso composto – aqueles cujo tempo tem divisão ternária;
· Compasso impar – aqueles que possuem a quantidade de tempo, em numeral impar, 7/8, 5/8, 11/8 e etc;
· Crash - prato de ataque;
· Die cast hoop - aro de metal fundido, aquele sem a “bordinha” virada, que tem maior volume e ataque;
· Downbeat - em cima do beat, na cabeça do tempo;
· Drum set up - forma de montar a bateria;
· Feel - sentimento, ou seja, está relacionado ao “sotaque” que você aplica à música que estiver tocando;
· Fill (in) - aquela “viradinha” para entrar na música;
· Gig - gíria americana para bandas, grupos;
· Ghost notes - também chamadas Grace notes, são notas de dinâmica mais baixa, tocada leve;
· Groove - em inglês, significa sulco (de uma engrenagem ou do disco em vinil), sendo um termo usado para designar tudo que é relacionado à levada, encaixe entre os instrumentos e suingue de uma forma geral;
· Hardware - ferragem da bateria ou da percussão;
· Hell down / hell up - forma de tocar com os pés. Com toda a planta do pé (down), com apenas a ponta do pé (up);
· Hi-Hat - pratos de contra tempo, chimbal;
· Hoop - aro;
· Intro – introdução;
· Levada - o mesmo que groove;
· Loop - trecho pequeno, normalmente de dois a quatro compassos,de um ritmo ou seqüência harmônica onde o final emenda com o começo em seqüência obtendo uma levada ou um groove;
· Match-grip - pegada onde as duas mãos seguram a baqueta da mesma forma. No Brasil é a forma de pegada mais popular;
· Metrônomo - instrumento usado para marcar a velocidade do ritmo. Batidas por minuto, serve para estudos, gravações e ensaios;
· Paradiddles - um dos rudimentos mais famosos consiste em toques com as mãos disposta desta maneira: DEDD EDEE;
· Papa-mama - gíria usada ao toque duplo;
· Pegada - forma que se segura a baqueta. Em inglês,grip.Força aplicada ao toque. ex: Aquele Batera tem uma pegada forte;
· Play along - tocar junto;
· Ride - prato de condução;
· Rimshot - quando tocamos qualquer tambor, em especial a caixa, em que no momento do toque, a baqueta toca ao mesmo tempo o aro e a pele, proporcionando um volume mais alto que o normal;
· Roots-raizes - Qualquer estilo roots significa, de raiz,sem miscigenação;
· Rudimentos - são exercícios criados no começo do século para bandas marciais e que acabaram por se transformar na base da bateria moderna;
· Sampler – amostra de som;
· Sequencer – possibilidade de tocar ao vivo com vários instrumentos pré-gravados, com o auxilio de um computador ou teclado, com o recurso MIDI, por exemplo: tocar com um naipe completo de cordas sem precisar estar com uma orquestra, ou utilizar esse recurso na falta de um músico;
· Sextina – grupo de notas formado por seis colcheias por tempo;
· Shuffle feel - levada tercinada;
· Splash - pequeno prato de ataque ou pontuação (12 polegadas no máximo);
· Stroke – Toque;
· Tap note - nota mais fraca, tocada depois de uma forte, seria o segundo toque, se feito em tercina;
· Traditional Grip - pegada típica dos antigos jazzistas e caixistas de bandas marciais. É uma pegada muito usada até hoje;
· Tercina – grupo de notas, formada por três colcheias por tempo;
· Triplets - quiáltera, tercina;
· Up tempo - andamento rápido;
· Up beat - para fora do tempo, a segunda colcheia de cada tempo ou ainda os “es” de cada tempo,
· Quiáltera – quando ocorrem mais notas do que originalmente deveria ter: três colcheias ao invés de duas, seis semicolcheias ao invés de quatro.


DEUS OS ABÊNÇÕE. 
Matéria feita por Bruno Fonseca - 31/08/2010.

Início à Partitura

Como todas as nossas idéias e pensamentos, são possíveis passá-las para o papel. Com a música e qualquer instrumento não é diferente.
Nós utilisamos a partitura para escrever músicas, ideias, exercícios, passagens.
Na escrita musical ou notação musical, os sons são representados graficamente por sinais chamados notas. Para escrever usamos o Pentagrama ou pauta, que é composta de cinco linha e quatro espaços eqüidistantes um do outro. Na escrita da bateria normalmente as suas peças tem posição fixa na pauta. Veremos apenas três instrumentos da bateria o chamado: "Trio Ritmico", que é composto do chimbal, caixa e bumbo. Com essas três peças, podemos tocar todos os ritmos, pois elas possuem as freqüências fundamentais do som e da música grave, médio e agudo. Outra coisa que pouca gente sabe é que na verdade a bateria é um conjunto de instrumentos de percussão. Dentre vários hoje vamos ver o trio rítmico:
 

O bumbo é sempre escrito, no 4º espaço de cima para baixo;


A caixa é sempre escrita, no 2º espaço de cima para baixo;
E o chimbal é sempre escrito em cima da 1ª linha.

Uma nota escrita em cima de outra, devem ser tocadas em uníssono.
A grosso modo, você pode utilizar um relógio que faça o barulho com os ponteiros, para tocar cada tempo como o exemplo a seguir:

Cada som do ponteiro do relógio, dos segundos, você tocará um tempo.

Esse ritmo é muito simples, mas aplicado em várias músicas.
DEUS ABÊNÇÕE A TODOS.

Matéria feita por Bruno Fonseca - 31/08/2010

Afinação: como afinar uma bateria

Como todos os instrumentos melódicos, a bateria e a percussão, são instrumentos que se afinam. No nosso caso aqui, a bateria pode ser afinada de duas formas;



1. Afinação definida ou precisa, por meio de um teclado ou diapasão;
2. Afinação indefinida ou não precisa, afinada a partir do gosto do músico.
Na afinação definida ou precisa, é utilizado um teclado ou diapasão, que é dada as notas como referência para afinação de cada tambor. Muitos músicos usam intervalos de terças, ou seguem: Sol maior 1º ton, Mi maior 2º ton e Si o surdo. É possível dependendo da complexidade musical ou da preocupação musical, afinar a bateria com as notas mais usadas em determinado repertório.
Já na afinação indefinida ou não precisa, o critério é o gosto do baterista, tendo o cuidado de deixar tudo soando bem, em conformidade. Usa-se falar que quando a caixa ‘apita’ muito ou vibra muito, é por que ela foi afinada por ‘simpatia’.
Particularmente essa segunda forma, é a que eu uso. Ouvindo muita música, prestando atenção não apenas na bateria, mas em todos os instrumentos, é possível desenvolver habilidade e sensibilidade musical, para que o ouvindo perceba de imediato, alguma coisa soando errada. Quando afino penso em deixar os tons, o mais definido possível, a caixa com um som de curta duração do mesmo jeito o bumbo, sempre respeitando a regra de afinar o parafuso inverso ao ultimo afinado, ou em ‘x’.
Hoje em dia, existem vários aparelhos para afinar bateria e percussão, que quando colocados sobre a pele, próximo a cada parafuso de afinação, captam com grande sensibilidade a vibração da pele, mostrando em um ponteiro com marcadores, o número de vibrações, isso ajuda muito a vida, por que depois de feito em um parafuso, é só passar para outro, em poucos minutos seu instrumento está totalmente afinado. Todos nós sabemos que as notas partem de vibrações por segundo, por exemplo: Lá são 440 vibrações por segundo.
Também existem algumas marcas de bateria que revolucionaram o sistema de afinação, implantando aros com apenas ‘UM’ parafuso, quando apertado, toda a pele é esticada em uniformidade, conseguindo um som muito mais bonito e preciso.









Técnica x Musicalidade, Sentimento x Velocidade.

Conseguir todo tipo de informação é muito fácil, pela globalização e pela unificação do mundo pela Internet. O que por um lado é bom, pois encontramos ótimos materiais de muita qualidade. Do outro é ruim, pois do mesmo modo encontramos muitas informações erradas, incoerentes, incompletas.
Essa nova geração tem uma oportunidade única, crescer em meio a tanta modernidade e ao mesmo tempo entender, ver e ouvir o passado. Hoje temos a possibilidade de compreender a formação da nossa história em todas as áreas.
Mas ao invés de termos mais sentimentos e sensibilidade, (falo isso tanto musicalmente, como nos relacionamentos), a “maioria” da juventude tem sido cada vez mais isolada e fechada para si, buscando interesses totalmente pessoais esquecendo-se do próximo.
Musicalmente isso se aplica ao instrumento, os jovens aprendizes de música estão preocupados em aprender a tocar 1000 notas por segundo, em andamentos muito rápidos. Em exercitar muito para ficar cada vez mais veloz e preciso.
Mas a onde entra o sentimento nessa linha entre o desenvolvimento técnico e a musicalidade?
Bom, cheguei à conclusão que os exercícios e a técnica, são apenas um “meio” e não o “fim”, ou seja, é o combustível do carro, é aquilo que possibilita expressar os nossos sentimentos a nossa musicalidade de forma livre, nada mais que isso! Quando toco não penso em exercícios, mas na sonoridade que quero extrair do instrumento em determinada situação.
E não o contrario, a técnica que nos dominar, o que infelizmente é a realidade.
Tem uma frase que me ajudou muito no desenvolvimento musical na bateria: “o que a música está pedindo?”
Quando fazemos essa pergunta estamos respeitando a música, os outros instrumentos. Muitas músicas são preenchidas por completo com apenas um chimbal e bumbo, já há outras que precisam de uma elaboração mais complexa do instrumento.
Resumindo, não podemos ter uma única visão, para cada música a uma abordagem diferente.
Como desenvolver isso?
1. Ouvindo BOA música;
2. Fazendo aquela pergunta chave, “o que a música está pedindo?”
3. Respeitando os outros músicos.

Em breve estarei colocando uma grande lista de músicos que servem de referência para todos os instrumentos.

Espero ter ajudado de alguma forma.

DEUS OS ABÊNÇÕE.
SÓ JESUS É O CAMINHO PARA SALVAÇÃO E VIDA ETERNA.


Matéria feita por Bruno Fonseca - 31/08/2010



Formas de pegar nas Baquetas

Existem duas formas “básicas” para se pegar nas baquetas: Pegada Tradicional *(Traditional Grip) e Pegada Moderna**(Modern Grip).
Pegada Moderna

Pegada Tradicional

A Pegada Tradicional é a mais antiga, devido ao seu início ter criada para se tocar em grupos de fanfarra em pé, com a caixa presa a cintura, fazendo com que fosse muito confortável essa forma de tocar. Com o passar das décadas, essa forma foi aplicada na bateria, devido ao costume adquirido, sendo sua influência muito forte no jazz e até a década de 70.
A Pegada Moderna foi desenvolvida a partir da necessidade que os grupos de Rock da década de 60 tinha pela falta de volume(pegada) no som, tão importante ao estilo musical. Em torno disso criou um tabu, de que volume alto, só poderia ser alcançado com a pegada Moderna e que para ritmos lentos ou suaves, a Pegada Tradicional seria a mais indicada.
Mas com o desenvolvimento de uma técnica chamada, Moeller, desenvolvida pelo baterista: Stanford Moeller, esse paradigma foi quebrado. Essa técnica visa o aproveitamento de golpes, proporcionando total conforto, relaxamento e um som muito limpo do instrumento. Hoje é possível ver grandes bateras tocando Rock com a Pegada Tradicional a Exemplo tem: Virgil Donati, Thomas Lang, Jojo Mayer, o próprio Dave Weckl também. Do mesmo modo, ocorre com a Pegada Moderna, hoje vemos bateristas tocando Jazz, dessa forma, a exemplo, temos: Bill Stewart.


Matéria feita por Bruno Fonseca. 31/08/2010.

Baquetas

As baquetas são componentes fundamentais para se tocar bateria. Composta de vários modelos, medidas, espessuras, pesos e materiais como madeira, plástico e ou fibras, com isso é possível uma grande gama de timbres extraídos a partir do instrumento. Além disso, são divididas em quatro partes:


1. Cabo;
2. Corpo;
3. Pescoço;
4. Ponta.

Na ponta encontramos modelos contendo, resina, madeira e feltro.
Também há vários modelos de ponta, mais arrendodadas, formato de gota d’água, de flecha, todas essas variações de formato e de material influem muito na sonoridade final.
Toda essa diversidade, veio por meio da grande variedade de ritmos existentes, pois cada ritmo tem sua forma de tocar e sua sonoridade, totalmente particular fazendo necessário ter baquetas específicas para cada estilo, é por isso que encontramos tantos modelos hoje no mercado.

Os modelos mais conhecidos são os:
· 5A - baqueta versátil para todos os estilos, nem pesada, nem leve, nem grande, nem pequena.
· 7A – baqueta indica para ritmos mais leves, Jazz, Samba, Baião, pois é mais leve e fina, porém versátil.
· 2B – baqueta indica para os ritmos pesados, Funk, Rock, Rock progressivo, Heavy Metal, Hard-Rock, essa baqueta é mais pesada, tem sua espessura bem mais grossa que as demais e é mais cumprida.

Outra dica importante é na hora da compra, ao comprar um par de baquetas, faça elas rolarem sobre uma superfície sólida e lisa, para verificar ondulações, pois as mesma dificultam o rebote da baqueta.
E a cor tambem é um fator a ser olhado pois 'normalmente', quanto mais clara mais aguda será o timbre e assim quanto mais escuro o timbre será mais grave, salvo baquetas feitas com uma madeira chamada 'Jatobá'.

DEUS OS ABÊNÇÕE.
Matéria feita por Bruno Fonseca. 31/08/2010